teologia em foco
...a primazia da Palavra em todo o tempo!
Pr. Sérgio Adriano Lenz
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A vida é estranha.
Quanto mais vivo, mais aprendo e mais descubro que nada sei. Existe paradoxo maior? Aprendo diuturnamente que nada sei.
Outro dia em minhas meditações durante as orações, veio ao meu coração uma assertiva estranha: Vivemos nosso cristianismo em busca do título de “EXTRATERRESTRE”.
Parece um tanto cômico, mas pense assim: Queremos ser bênção para o mundo; queremos ser o sal da terra; queremos ser a luz do mundo; queremos ser porta voz de Cristo aos homens; queremos refletir a santidade de Deus aos homens; queremos viver a Palavra para enfim, após viver como cidadãos celestiais, sermos dignos de habitar o tabernáculo celestial. E devemos ser tudo isso mesmo.
O grande problema é que esquecemos que não somos do mundo, porém vivemos no mundo. Fazemos parte do mundo. Somos habitantes do planeta Terra com cidadania e CPF. Ou seja, as tragédias e calamidades inerentes ao ser humano, também estão disponíveis a nós cristãos.
É maravilhosa a experiência de orar por um enfermo e vê-lo sendo curado. É gratificante anunciar a verdade do Evangelho ao “peregrino” e acompanhá-lo na experiência de ter um encontro salvífico com Cristo. É reconfortante ter uma palavra de fortalecimento a uma mãe que tem seu filho nas drogas. É encantador aconselhar um jovem casal quanto às dificuldades de adaptação dos primeiros tempos da vida a dois. É admirável repassar toda a nossa experiência de vida a um jovem que está na crise da puberdade. Enfim, é bom pregar aos outros.
Mas quando somos nós que estamos inseridos em algum contexto de crise e tragédia? E quando os problemas batem em nossa própria porta? Eu, por exemplo, tenho prazer em orar pelos outros para serem curados de suas enfermidades, todavia quando eu mesmo estou doente, me isolo em algum canto para “lamber as feridas”e não ver ninguém até que esteja novamente convalescido.
É aí que Deus ministrou ao meu coração essa verdade: Eu não sou extraterrestre! Sou carente da graça, aquela mesma graça que o Senhor ofertou ao apóstolo Paulo quando este orou pedindo que Deus tirasse o espinho de sua carne. A minha graça te basta.
Deus ainda hoje está dizendo para eu e você: A minha graça te basta filho meu.
A serpente no paraíso tentou dizer o inverso para Adão e Eva quando, ofertando o fruto proibido afirmou que ambos teriam os olhos abertos e seriam semelhantes a Deus, conhecendo o bem e o mal. Em outras palavras, eles estariam acima dos problemas.
Não estamos acima dos problemas e como diz o velho adágio: “Se a barba do vizinho está queimando, põe a tua de molho”. Ao ver seu irmão em sofrimento não julgue nem tente entender o porquê, pois, a exemplo de Jó, certas coisas não tem explicação, apenas devem ser aceitas, como aceitamos o bem proveniente de Deus.
No último capítulo de Efésios, três vezes Paulo se refere a “estar firmes”, pois o dia mal vem...
Quem sabe esse tem sido o motivo pelo qual muitos cristãos hodiernos têm sucumbido diante dos traumas emocionais oriundos das infrutíferas tentativas de sucesso, prosperidade e fama tão prometidas em festivais de palratórios evangélicos vazios. Acreditam que ao ingressarem no corpo de Cristo estarão, como extraterrestres, dentro de uma nave espacial imune as intempéries do planeta, esquecendo que o corpo de Cristo foi (e o é diariamente) surrado, moído e crucificado em favor deste mundo.
Resumindo, nem eu, nem você somos extraterrestres. Apesar de não sermos adeptos da “teologia da pobreza e da miséria”, sim, ela poderá bater a nossa porta se isso for do agrado do Senhor por algum motivo que só saberemos na eternidade.
“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.” I Pe 4:12,13
Pr. Sérgio Lenz – IEAD São José - SC
Tenho refletido nos últimos dias acerca de um fenômeno religioso cada vez mais crescente: a busca por holofotes.
Quando aceitei a Jesus como meu Senhor e Salvador, a dupla Irmãos Felizardo cantavam uma canção que dizia "por que tristeza irmãos, se nem de estarmos aqui, somos merecedores". Acabei crescendo espiritualmente dando os primeiros passos de fé sob esta assertiva, ou seja, tudo é graça. O que Cristo efetuou no Calvário foi tão completo, tão perfeito e tão amoroso, que já não resta nada mais a fazer, a não ser trabalhar com as forças que temos nas oportunidades que nos são dadas.
Isto é a maravilha da salvação: eu e você estávamos distanciados de Deus por pertencermos à natureza pecadora e rebelde, sem que tivéssemos uma chance sequer de oferecer através da religião (qualquer que fosse ela) uma oferta que reatasse nossos relacionamentos com o Deus vivo e verdadeiro. Porém o que era epíteto de tragédia acabou por tornar-se a maior fonte de celeuma religiosa de todos os tempos: Deus tornou-se homem e, como homem, morreu e ressuscitou em favor dos pecadores!
Isso é salvação. Porém o desenrolar dos aspectos salvíficos é que trazem, por vezes, confusão as mentes incautas, pois, para "todo o milagre de Moisés, Faraó sempre terá um mago para lhe imitar os milagres".
Uma das dificuldades que esta geração tem enfrentado diz respeito aos objetivos das realizações dentro do Reino. A temática de 2014 da CIADESCP é: "Chamados para servir". Belíssimo na teoria, porém, em alguns casos a prática é inviável. Por quê? Pelo simples motivo de que alguns estão empunhando o holofote enquanto que outros querem apenas ser iluminados por ele...
Por vezes ouço e observo algumas considerações de bastidores pronunciadas por conhecidos e me pergunto: Qual o verdadeiro objetivo deste ou daquela? Céu ou CEO?
Céu é a futura morada dos salvos, dos servos. CEO é a sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em português. CEO é a pessoa com maior autoridade na hierarquia...
É neste ponto que as coisas se complicam, pois, mesmo que alguns sirvam como servos, seus objetivos motrizes são, sem dúvidas o CEO. É errado almejar o episcopado, ou algum cargo de liderança? Sem dúvidas que não, pois a máxima bíblica é "Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja" (I Tm 3:1). Perceba, porém, que o final desse texto deságua no diaconato, ou seja, no cargo de servo.
Deus mesmo constituiu homens com dons de liderança para exercerem funções administrativas. Isto, porém, não é (não deveria ser) o alvo de todo cristão, e somente o é, porque importamos do mundo o termo CEO com todas as suas regalias, e assim, criamos a expectativa de clero e leigos novamente. Gente que serve e gente que é servido.
Dentro do rol de dons, talentos e ministérios disponibilizados pelo Espírito Santo à Igreja, não pode existir a ideia de hierarquia de oportunidades, a não ser no quesito administrativo, e isso sob a estrita vigilância e determinação de serviço útil para o Reino como um todo. No mais, todos os dons, talentos e ministérios permanecem no aspecto horizontal, onde todos são, em algum momento, úteis para o crescimento da Igreja de Cristo. Essa é a verdade. Esse é o aspecto da salvação que nos torna filhos amados.
É hora do retorno à Palavra. É hora dos servos colocarem-se a serviço do único Rei Eterno, Imortal e da Sua Igreja. É hora dos servos bons e fiéis se prepararem para o céu. É hora de abandonar os holofotes. É hora de expurgarmos do nosso coração o ideal do CEO.
Forte abraço,
Pr. Sérgio Lenz - IEAD São José – SC
Mudança de comportamento - solução ou problema?
A R T I G O S
Todas as semanas novos artigos com conteúdo teológico ou contemporâneo. Acompanhe e faça seus comentários.
Conversando outro dia com minha mãe, dialogávamos acerca das maravilhas da privacidade do lar.
O lar é um lugar que não queremos (e não devemos) inserir estranhos, e quando digo estranhos, me refiro a qualquer pessoa que não faça parte do círculo pai-mãe-filhos. Qualquer pessoa que não faça parte desse círculo e venha a conviver na casa será, em algum momento, um tropeço.
Fui pesado na colocação... não... pense no seguinte: e aquele dia que você quer cantar desafinado, ou aquele dia que você quer comer algo diferente (leia-se CARO - não dá pra repartir com muitas pessoas), ou aquele dia que você quer dormir o dia inteiro porque não se sente bem, ou aquele dia em que você resolve fazer uma faxina geral e jogar tudo pra fora de casa, ou aquele dia que você não quer fazer nada além de ler um bom livro... enfim, são tantos "aqueles dias"... É aí que mora o problema. Se você é convidado/visitante dificilmente terá condições de fazer qualquer uma das coisas elencadas acima, e se é anfitrião, terá que medir as consequências de seus atos para não chocar seu hóspede.
Então qual a solução? O velho adágio já dizia: "Quem casa quer casa". Cada qual no seu canto.
Mas isso também tem uma implicação futura: o remorso. Remorso é tristeza por algo que devia/podia fazer e não fez, ou vice-versa.
Eu dizia que gostaria muito de sentar-me na varanda para ouvir as "filosofadas" do meu pai no fim de tarde, ou quem sabe os sermões sobre uma vida reta e justa da minha avó paterna, ou talvez as histórias da vida sofrida pelos imigrantes alemães contadas pelo meu avô paterno em um boteco no centro de Joinville, ou ainda ficar em silêncio ao lado da minha bisavó enquanto ela pintava lindas telas de paisagem, ou ainda partir para uma bela pescaria ao lado do meu avô materno... Mas eles já se foram. Partiram para a eternidade deixando um rastro de saudades.
Daí vem uma encruzilhada de sentimentos. Cada qual no seu canto, ou todos juntos sempre que podemos? Hoje eu posso dizer que sinto saudades, não remorso, pois sempre que pude estivemos juntos.
É isso meus amigos. Lutemos. Trabalhemos. Conquistemos. Mas não nos esqueçamos de que a vida se esvai rapidamente. Daqui a pouco não será possível abraçar e dizer "te amo".
Faça isso hoje. Não dá pra abraçar por causa da distância? Não tem problema. Celular, Facebook, MSN, SKYPE e outras ferramentas gratuitas estão a disposição para, ao menos, dizer EU TE AMO E ESTOU COM SAUDADES DE VOCÊ.
Você já disse isso hoje para alguém. Faça. Tempus regit actum. (O tempo rege o ato).
Abraço,
Pr. Sergio Lenz - IEAD São José - SC
Observa-se diariamente em diversos segmentos da sociedade, pessoas de sucesso que repentinamente defrontam-se com algum tipo de barreira, e em vez darem a volta, como faz a água, simplesmente assentam-se gastando enormes doses de energia para convencer todos a sua volta que não existe mais solução.
A mudança de comportamento é a solução do problema, pois com as barreiras naturais das tendências da modernidade, nos vemos obrigados a mudar constantemente, e, justamente nas áreas que não gostaríamos de sair do lugar.
É preciso aceitar os “ventos da mudança” que sopram ao nosso redor, infligindo em nós uma expectativa do futuro que se avizinha de modo avassalador. Somente aceitando a mudança de comportamento a partir da raiz, ou seja, desde a tenra idade, e isto através de mecanismo do lar e da escola, pode-se de fato começar a aceitar e viver a verdadeira mudança – aquela que aponta para o sucesso profissional.
Porém, perceba que se de um lado é necessário preparar a nova geração para a certeza de mudanças constantes, o trabalho mais intenso será sempre na geração que está no poder no momento. Invariavelmente sofremos as agruras das mudanças, pois já estabelecemos nossos parâmetros e dificilmente queremos deixar o “ninho quente”. Mas é preciso; e é possível.
Isto tudo se dá pelo fato de que a educação, por exemplo, não é mais unidirecional; pelo contrário, a informação circula agora de forma bidirecional, colaborativa e interdisciplinar e as novas técnicas quebram barreiras, tornam a instrução mais barata, acessível e econômica.
Como exemplos, podemos citar alguns cenários que mudaram rapidamente com os avanços tecnológicos:
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A Internet, por exemplo, impulsionou o processo de globalização diminuindo as distâncias entre países e continentes, facilitando a comunicação;
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Num passado não muito distante, a qualidade era o diferencial das empresas. Hoje, a qualidade é obrigação, e o diferencial passou a ser o atendimento voltado para a satisfação do cliente;
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No passado, as empresas tinham clientes fiéis. Hoje, elas podem ter destes clientes, apenas a preferência pela compra de seus produtos ou serviços, mas não necessariamente a venda.
Resumindo, trata-se de um ciclo vicioso. Você tem um problema que requer uma mudança de comportamento. Como o cenário sofre grandes modificações, surgem novos problemas e uma nova necessidade de mudança de comportamento. Vale também lembrar que, esta mudança de comportamento é uma solução desde que seja a vontade do indivíduo por motivo de necessidade, seja para aprimorar ou melhorar seu potencial na área profissional ou pessoal.
Aceite as mudanças!
A mudança é a única certeza que teremos em nossos futuros.
Nunca se esqueça de que:
A partida foi no vale da perdição...
O destino é a eternidade com Deus (ou sem Ele - o que será terrível)...
O responsável pela manutenção em viagem é o Espírito Santo...
O combustível é a fé...
O alimento é a Palavra...
Porém... O motorista - que designa a rota - é você...
Portanto seja um cristão fiel, temente e responsável em suas atitudes, aceite as mudanças e cresça, seja profissionalmente, seja no conhecimento da Palavra, pois Deus tomará em conta tudo o que realizarmos e como realizarmos...
Pr. Sérgio Lenz – IEAD São José – SC
Ignorantes
O site significados.com.br nos informa que Ignorante é tanto um adjetivo como pode ser também um substantivo de dois gêneros da língua portuguesa com origem no termo latim ignorante. Ignorante é uma palavra que caracteriza uma pessoa que ignora, que não tem instrução, que é estúpido, tolo, inepto, imbecil e revela falta de saber, desconhecimento e imperícia.
Talvez essa seja a característica mais aplicável a todos os homens face às revelações do meio político hodierno. Em algum aspecto, todos, absolutamente todos nós somos ignorantes em alguma - ou seriam muitas - instância acerca dos atos praticados no cenário político brasileiro, e por que não dizer, mundial.
O problema não é ser ignorante; o grande problema, talvez seja, sabendo que se ignora a verdade dos fatos, continuar a bancar o jogo de esconde-esconde patrocinado pelas lideranças e pelas mídias.
Ainda existe um problema maior, que é, diante dos fatos, simplesmente continuar acreditando na mentira, pois o argumento mentiroso utilizado apresenta-se mais sutil, doce e crível, afinal de contas, é o que foi dito por quem se adotou para acreditar.
Diante desse cenário vemos uma verdadeira preparação para uma guerra civil, tendo de um lado, ignorantes que buscam a verdade sobre os fatos, e, do outro lado, ignorantes que escolheram permanecer no erro para não terem que utilizar o raciocínio e descer de sua postura admitindo que estavam errados.
O restante desse pensamento, bem como seus resultados, está na "ponta do seu cérebro", ou seja, podemos imaginar onde terminará...
Porém o que me chamou a atenção nessa manhã de outono, em meio a um momento político conturbado que vivenciamos, foi outro tipo de ignorância que estamos vivendo; uma ignorância velada e enfeitada por achismos e filosofias de auto justificação; uma ignorância permeada por frases de efeito e estereótipos exteriores, que em nada lembram o cristianismo do Cristo vivo; uma ignorância de auto promoção que acoberta a verdade com uma capa de adulação e subjetividades; uma ignorância que, vivida sob a égide do falso cristianismo, nos faz vez "cor de rosa" o que na verdade é cinza, alias, já cantava Renato Russo "veja o sol dessa manhã tão cinza, a tempestade que chega é da cor dos teus olhos..."
Bem, a Bíblia registra em Hebreus 2:2,3 "Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?"
Causa-nos estranheza a observância dos atos e atitudes de algumas pessoas em relação à verdade revelada pela Palavra de Deus, pois, em nome do sucesso e autopromoção, o que mais se observa é a negligência relacionada à vontade divina expressa ensinada na Palavra.
Por que viver em ignorância, se temos a verdade exposta em Palavra e fato? Talvez porque o ser humano prefira a operação do erro e da mentira pelo motivo desta não cobrar mudanças.
Ora, mudanças trazem decepções e estas são inevitáveis para quem está trilhando a senda da verdade. Então, se nos apegamos demais a alguma coisa ou ideia, talvez seja porque não estamos preparados para as mudanças, e consequentemente revelamos nossa predileção pela ignorância...
Por outro lado, se enfrentamos com galhardia e eficiência as mudanças, passaremos por algum tipo de constrangimento, pois esta atitude revelará nossa ignorância, mas também nos fará crescer em direção a Deus.
Mais uma vez a Bíblia nos aconselha em Hebreus 12:1,2 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus."
Esta é a palavra: não sejamos ignorantes como os demais, antes cresçamos em graça e em sabedoria para com Deus e para com os homens.
Boa semana a todos.
Forte abraço.
Pr. Sérgio Lenz - IEAD - São José